Baseado no livro "Ardiente Paciencia"
de Antonio Skarmeta
Gênero: Drama / Romance
País: Itália / França / Bélgica
Ano Produção: 1994
Duração: 116 min.
Diretor: Michael Radford
Elenco: Massimo Troisi ................. Mario Ruoppolo
Philippe Noiret ................................ Pablo Neruda
Maria Grazia Cucinotta .................. Beatrice Russo
Linda Moretti ................................... Donna Rosa
Renato Scarpa ................................ Telegrapher
Anna Bonaiuto ................................. Matilde
Fotografia: Franco Di Giacomo
Música: Luis Enriquez Bacalov
Design de Produção: Lorenzo Baraldi
Figurinos: Gianna Gissi
Edição: Roberto Perpignani
Distribuição: Miramax Films
Falar sobre poesia no cinema é muito difícil. Usar uma estrutura poética é comum no cinema, mas fazer citações textuais é mais complicado e raramente agrada o grande público, uma das raras exceções é "Sociedade dos Poetas Mortos", e mais recente o "O Carteiro e o Poeta", que agradou os críticos e fez uma carreira até que razoável entre o público norte-americano, que não suporta filmes em outras línguas (neste caso o italiano). O diretor Michael Radford conseguiu colocar humor e drama de maneira equilibrada, com um tom suave sem ser superficial ou chato. Massimo Troisi, que fez o papel do carteiro, faleceu poucas horas depois de concluída a filmagem. Ele passou anos tentando realizar este projeto, e o fez de maneira exuberante. A trilha sonora, vencedora do Oscar, assim como as paisagens, são inesquecíveis.
Um filme inesquecível e envolvente sobre a busca do amor e da aceitação. Numa remota ilha do Mediterrâneo, Mario Ruoppolo, um tímido e simplório filho de pescadores, é contratado para entregar cartas ao “poeta do amor” Pablo Nerruda. Surge entre os dois uma terna amizade, enquanto Mario pede ajuda a Nerruda para ganhar o coração de uma belíssima mulher. Durante o namoro, o poeta interior de Mario é despertado, trazendo o romantismo e o autoconhecimento como o maior presente de sua vida.
http://www.feituverava.com.br/fafram/biblioteca/dvd.htm)
(texto de Allan Arauto)
Primeiramente, Dom Pablo teve que trazer o contexto de metáforas à realidade do humilde carteiro e de sua ilha: "o céu está chorando". Também recebeu com surpresa o raciocínio lógico de Mário: "qualquer coisa no mundo será metáfora para outra".
Nota-se que Mario não só começou a adquirir os conhecimentos sobre poesia de Don Pablo, mas também começou a entender o mundo pela visão do poeta. Após a partida de Don Plabo para o Chile, Mario começou a ficar mais atuante políticamente, questionando-se sobre a realidade simplória de sua ilha, seus problemas sociais e econômicos e tentando de alguma forma, mudar o mundo como seu querido amigo e professor também tentou mudar.
Uma bela história sobre como um professor, nao só com o a ciência, mas com sua moral e ética consegue melhorar o mundo, simplismente compartilhando seu saber.